Internacionalização de empresas através de aquisições


Os artigos publicados neste blog relacionados ao tema internacionalização de empresas, sempre estiveram voltados principalmente para as pequenas, médias e média-grandes empresas, ou seja desde empresas cujo faturamento bruto anual vai de R$2,4 milhões até R$300 milhões de reais ( veja o artigo Qual o porte da sua empresa? ).

O artigo de hoje trata da possibilidade de viabilizar projetos de internacionalização de empresas através de aquisições, o que segundo penso, no Brasil  está restrita  às grandes empresas. Embora o foco do blog não seja este, me parece interessante também comentar a respeito desta possibilidade, pois talvez muitos não a considerem e tampouco consigam visualizar as vantagens que uma estratégia como esta pode representar, embora existam algumas dificuldades a serem superadas.

Algumas grandes empresas costumam adotar a estratégia de adquirir  empresas no mercado alvo, para acelerar projetos de internacionalização. Como em toda atividade econômica, os fluxos de aquisições de empresas no mundo também são cíclicos. Nas últimas décadas me recordo de ciclos de aquisição liderados por empresas japonesas e num outro momento por empresas árabes.

Atualmente os grandes compradores mundiais são os chineses, que investem os seus excedentes cambiais em várias partes do mundo. No continente africano, as facilidades oferecidas pelos governantes locais associadas ao potencial de crescimento futuro, bem como os investimentos realizados por empresas chinesas nas últimas décadas, foram muito grandes.

Atualmente existem vários grupos brasileiros que já podem ser chamados de multinacionais e na maioria dos casos, o projeto de internacionalização de empresas adotado, foi o da aquisição de empresas no mercado alvo. Somente para ilustrar posso citar o casos de grupos como Gerdau, Vale, Marcopollo, Tigre, Weg, Ambev entre outros.

Cada um destes grupos tem a sua própria política em relação a este assunto e cada uma delas já seria conteúdo suficiente para vários outros artigos . O que é bastante comum nestas políticas é o envio de um ou mais executivos para atuar na empresa adquirida. Estes executivos são chamados de expatriados e eu já fui um deles pelo período de 5 anos. Recomendo que qualquer executivo que tenha esta oportunidade, não a deixe escapar, pois trata-se de uma oportunidade única que na minha opinião tem o peso de vários cursos acadêmicos.

Considerando o objetivo deste artigo e o público para o qual está dirigido, me parece que o importante é salientar que empresas que tem a oportunidade de adotar esta estratégia, tem uma grande vantagem em relação a outras que queiram se internacionalizar, pois podem partir de bases já estruturadas e mais que estruturas físicas, na maioria dos casos, estão comprando o expertise de equipes locais, carteiras de clientes e em alguns casos marcas locais fortes.

Convém também salientar que o fato de comprar uma empresa, não significa que o novo proprietário tenha facilidades para impor sua cultura interna nestas empresas. As empresas são vendidas, mas a cultura interna não muda de um dia para o outro, sendo que muitas vezes, este é um ponto crucial para viabilizar a operação.  Portanto, é considerado este  o maior desafio para qualquer expatriado e uma das grandes dificuldades encontradas por empresas brasileiras, que queiram implementar projetos de internacionalização através de aquisições.

Um abraço e Vamos em frente !!

Outros artigos publicados no blog relativos a INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS:

21 de Agosto de 2013 – Importar é uma alternativa para a internacionalização de empresas

14 de Agosto de 2013 – Internacionalização de empresas – visitas a feiras internacionais

01 de Agosto de 2013 – Finalmente voltamos a falar em exportação no Brasil

19 de Julho de 2013 – A viabilidade da internacionalização de pequenas empresas

17 de Julho 2013 – Internacionalização de empresas

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Carlos Altafini
caltafini@gmail.com

Quando criança sempre gostei de escutar os mais velhos e aprender com eles. O tempo passou e hoje sou um veterano que tem prazer em compartilhar experiências e algum conhecimento acumulado durante a jornada. Nada mais natural portanto que após passar por um profundo processo de transformação digital, tenha me tornado um mentor em estratégias digitais. Este sou eu !!

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