Pensando em pendurar as chuteiras? Já pensou em atuar como mentor?


A área da mentoria me interessa muito e cada dia estou mais convencido de que quanto mais disseminado este conceito, melhor para a sociedade como um todo.

Infelizmente, aqui no Brasil a atividade ainda está restrita à pequenos grupos.

Eu já tive a oportunidade de escrever outros artigos sobre este tema, mas sempre com uma ênfase maior na mentoria empresarial.

Hoje a ideia é outra e este artigo é para aqueles veteranos que já começam a pensar em “pendurar as chuteiras” ou que já atingiram a maioria dos seus objetivos e desejam dedicar um pouco do seu tempo para interagir com as gerações mais jovens.

No primeiro artigo que escrevi sobre este assunto, comentei que existe um ditado popular que diz que se conselho fosse bom não se daria, se venderia. Eu não tenho a menor ideia de onde saiu esta frase, mas ela contraria tudo o que penso.

Não há duvidas de que não faz sentido sair por aí dando palpites que não tenham sido solicitados. Entretanto, algumas pessoas estão abertas mentalmente para solicitar ajuda de alguém mais experiente e até pagam para contar com estes conselhos.

Eu tive – e ainda tenho – muitos mentores na minha vida pessoal e profissional e me sinto um felizardo por isto.

O perfil típico do mentor é o da pessoa experiente em alguma área e que tenha prazer em apoiar e compartilhar experiências.

O papel do mentor é o de ser o padrinho que guia o seu afilhado pela mão, indicando o caminho. Isto envolve muitas conversas e debates em torno do tema da mentoria.

A mentoria pode acontecer no âmbito pessoal ou profissional. No âmbito profissional, poderá estar relacionada à carreira profissional ou ao aconselhamento de um jovem empreendedor. No âmbito pessoal, a mentoria tem maior presença nas áreas da educação e espiritual.

 

A mentoria empresarial vem se popularizando no Brasil em função das Startups que já nascem com esta visão. Neste caso o mentor acaba influenciando no negócio como um todo.

Eu conheço muitas pessoas com o perfil adequado para esta atividade e que talvez nem conheçam o termo.

Talvez você que lê este artigo seja uma delas. Algumas até já escutaram falar, mas acreditam que para atuar nesta atividade seja necessário ter formação acadêmica específica ou ser um executivo ou empresário super bem sucedido.

Na minha visão este é um grande equívoco e gostaria de defender este ponto de vista.

Neste momento estou lendo um livro que é uma referência na área de Startups.  Na apresentação da versão brasileira, o convidado inicia o texto com a frase “Alcancei o fracasso de forma espetacular”. A partir daí ele passa a contar a sua história e tudo que aprendeu com os vários erros que cometeu durante a jornada.

Você concorda comigo que os melhores conselhos vem justamente daqueles que ousaram errar, aprenderam com estes erros e tem a coragem para contar?

Um operário com pouca formação acadêmica, mas com muita experiência prática e o perfil citado anteriormente, pode assumir a missão de ser mentor dos colaboradores mais jovens. Para muitos esta atividade pode ser motivo de grande prazer e realização pessoal.

Eu acredito que este tipo de mentoria pode ser bastante mais eficiente do que muitos treinamentos.

Vivemos em um país onde muitos de nós ainda se aposentam ao redor dos 50 anos, enquanto a expectativa de vida segue crescendo. Muitos param totalmente e depois de algum tempo se dão conta de que esta decisão talvez não tenha sido a melhor.

No meu ponto de vista é um desperdício acumular tanta experiência e depois não devolver isto para o mundo.

O outro ponto é que certamente tudo aquilo que você entrega de bom para alguém, certamente receberá em dobro, em forma de energia positiva.  Para mim isto tem um grande valor.

Com relação aos aspectos econômicos, o exercício da atividade pode ser remunerado ou não. Como eu estou mais envolvido com a mentoria empresarial, posso afirmar que no Brasil, nesta área existem alguns mentores muito bem remunerados e outros que o fazem de forma gratuita.

De alguma maneira eu já atuo como mentor – disfarçado de consultor – e posso dizer que estou cada dia mais feliz pelos resultados que venho colhendo. Na maioria dos casos cobro por hora dedicada, mas também atuo sem cobrar em projetos onde os recursos são escassos mas o propósito está alinhado com o que acredito.

Embora já esteja jogando no time dos veteranos, pendurar as chuteiras é algo que não me passa pela cabeça, mas já estou aos poucos vestindo o fardamento de um mentor.

Tudo isto faz sentido pra você?

O que você acha de disseminar esta ideia? 

Deseja conversar sobre isto? Entre em contato que a gente arruma um tempinho pra bater um papo sobre isto.

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Um abraço e Vamos em frente !!

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Carlos Altafini
caltafini@gmail.com

Quando criança sempre gostei de escutar os mais velhos e aprender com eles. O tempo passou e hoje sou um veterano que tem prazer em compartilhar experiências e algum conhecimento acumulado durante a jornada. Nada mais natural portanto que após passar por um profundo processo de transformação digital, tenha me tornado um mentor em estratégias digitais. Este sou eu !!

7 Comments
  • Carlos Altafini
    Postado em 09:53h, 19 fevereiro

    Valeu Ricardo Borini. Fique em contato. Um abraço

  • Carlos Altafini
    Postado em 09:53h, 19 fevereiro

    Obrigado pelo comentário Valdecir. Você teve uma excelente sacada. Para o mentor é uma forma de longevidade profissional e certamente de satisfação pessoal. Para o mentorado, uma excelente alternativa para buscar o apoio de alguém experiente. Por outra lado, jamais haverá concorrência entre mentores, pois cada um tem a sua própria vivência profissional e acumulou experiências diferentes do outro. Fique a vontade para seguir conversando e trocando figurinhas sobre este assunto. Um abraço

  • Valdecir
    Postado em 07:43h, 17 fevereiro

    Altafini, acertou na medida das palavras. Precisamos pensar em estender a nossa atuação. Conciliar disponibilização, conhecimentos e experiências, talvez seja o segredo da longevidade, comecei a pensar seriamente nesta possibilidade. Abraços..

  • Ricardo Ferro Borini
    Postado em 11:01h, 15 fevereiro

    Estamos nessa juntos Dr. Altafini. Muito bom!

  • Carlos Altafini
    Postado em 17:51h, 14 fevereiro

    Obrigao pelo depoimento Mario Baptista. Espero que esta atividade ganhe cada dia mais espaço. Um abraço

  • Mario Baptista
    Postado em 11:39h, 13 fevereiro

    Excelente artigo Altafini. Embora ainda eu não tenha pendurado as chuteiras já abracei este conceito na forma de participação em Conselhos de cinco empresas familiares, e em consultorias em gestão para muitas outras.. É gratificante ver que dá para ajudar bastante, com relativamente pouco comprometimento de tempo, pois tenho que também tocar minha empresa, a Flex Capital Securitizadora S/A.
    Abs.

  • Mario Baptista
    Postado em 11:39h, 13 fevereiro

    Excelente artigo Altafini. Embora ainda eu não tenha pendurado as chuteiras já abracei este conceito na forma de participação em Conselhos de cinco empresas familiares, e em consultorias em gestão para muitas outras.. É gratificante ver que dá para ajudar bastante, com relativamente pouco comprometimento de tempo, pois tenho que também tocar minha empresa, a Flex Capital Securitizadora S/A.
    Abs.

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