Internacionalização de empresas: Como lidar com um dólar instável?


Estamos vivendo dias de instabilidade cambial no Brasil. Este tipo de situação sempre causa apreensões para os que investem, compram ou vendem em moedas estrangeiras.

Toda empresa que deseja implementar uma estratégia de internacionalização de empresas, deve ter claro que deverá conviver com esta situação e deverá estar preparada para tal desafio.

Este fenômeno é recorrente e não está restrito ao Brasil, sendo que segundo os analistas econômicos, neste momento o que acontece está relacionado a recuperação da economia americana.

O objetivo deste artigo é apresentar algumas estratégias, que quando aplicadas possam minimizar os riscos dos envolvidos.

Embora seja óbvio para os especialistas, dólar valorizado (Real desvalorizado)  favorece a quem queira exportar produtos ou serviços e dólar desvalorizado, ao contrário, favorece a quem queira importar. Esta relação Dólar x Real é somente a parte mais visível no processo, pois quando acontece uma variação cambial mais forte, ocorre um efeito na relação entre o Real e todas as demais moedas estrangeiras.

Mesmo aqueles que não estão envolvidos em projetos de internacionalização de empresas, acabam sendo afetados por movimentos bruscos nas relações entre as moedas, como é o caso das pessoas que viajam ao exterior ou mesmo no momento de adquirir algum produto importado. A globalização faz com que qualquer movimento mais brusco nesta área, afete praticamente a todos.

Este artigo está dirigido para aqueles que já estão inseridos neste contexto de comércio internacional ou estão avaliando a possibilidade de internacionalização de empresas, como já afirmei nos primeiros parágrafos, reafirmo que existem formas de minimizar os riscos.

A melhor maneira que uma empresa dispõe para se proteger de variações cambiais, está justamente no fato de participar ativamente do jogo do comércio internacional, atuando nas duas pontas do processo.  A empresa que tem um determinado faturamento na exportação e um valor similar em operações de importação, estará muito bem protegida.   Para ser mais claro, se o dólar subir, a empresa aumentará o seu faturamento em Reais. Se o dólar baixar, os custos com a importação serão reduzidos. Embora seja necessário fazer contas muito mais profundas do que a que eu propus, este é o conceito.

Até alguns anos atrás, embora a exportação brasileira fosse grande, pelo fato de importar pouco, a participação do país no comércio internacional como um todo era muito pequena. Nos últimos anos esta participação aumentou e esta realidade acaba se refletindo nas ações das empresas. Atualmente, muitas das grandes empresas brasileiras atuam nas duas pontas do negócio, importando e exportando.

A outra forma de se proteger contra altas de moedas estrangeiras é a compra de dólares no chamado “mercado à vista de moedas”.  Este tipo de operação é conhecida como “hedge cambial”, mas na maioria dos casos, só se viabiliza para as empresas de grande porte, já que é necessário imobilizar um quantia equivalente à que se quer proteger da desvalorização da moeda local.

Partindo das afirmações acima, é fácil perceber que também aquelas empresas que contraem dívidas em moedas estrangeiras, para adquirir equipamentos ou tecnologias estrangeiras, tem todos os motivos para buscar a internacionalização de seus negócios e assim poder auferir alguma receita em moeda estrangeira, protegendo-se assim de variações cambiais abruptas.

Um abraço e Vamos em frente !!

Outros artigos publicados no blog relativos a INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS:

29 de Agosto de 2013 – Internacionalização de empresas através de aquisições 

21 de Agosto de 2013 – Importar é uma alternativa para a internacionalização de empresas

14 de Agosto de 2013 – Internacionalização de empresas – visitas a feiras internacionais

01 de Agosto de 2013 – Finalmente voltamos a falar em exportação no Brasil

19 de Julho de 2013 – A viabilidade da internacionalização de pequenas empresas

17 de Julho 2013 – Internacionalização de empresas

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Carlos Altafini
caltafini@gmail.com

Quando criança sempre gostei de escutar os mais velhos e aprender com eles. O tempo passou e hoje sou um veterano que tem prazer em compartilhar experiências e algum conhecimento acumulado durante a jornada. Nada mais natural portanto que após passar por um profundo processo de transformação digital, tenha me tornado um mentor em estratégias digitais. Este sou eu !!

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